Pular para o conteúdo principal

Estação de trem


Ontem, quando estava esperando a carona do Jerko na frente da estação de trem, comecei a me lembrar da primeira vez que cheguei em Zagreb. Foi ali mesmo, vim de Praga pra visitá-lo e fiquei quatro dias. Cheguei de noite, depois de viajar o dia todo e na estação estava o Jerko com um sorriso no rosto. Eu estava cansada e ansiosa, fazia uma semana que a gente não se via. A primeira impressão de Zagreb foi muito boa, achei lindíssima a estação, a praça na frente e a cidade de noite.
Engraçado como, quando a gente quer, podemos nos reportar ao passado e acessar algumas lembranças e sentimentos. Parece que estamos ali da primeira vez e tudo é novo. As primeiras ruas, prédios que vi; locais que conheci e estranhei; paradas de bonde e ônibus que não sabia onde eram, etc.
Hoje em dia passar pela estação faz parte da minha rotina. As vezes esqueço da beleza desse prédio, sua história e significado. Pensar que antes esse era o limite da cidade e hoje é muito maior.
Acho legal de vez em quando fazermos uma reflexão sobre o passado. Parece que ao lembrarmos do que nos aconteceu, tudo faz mais sentido hoje.

Comentários

  1. Mailia: tua love story foi muito apreciada e contada pois a María me pediu que eu a contasse [essa linda história de amor ] para um amigo dela japonês que a ouviu com mta atenção ;tão linda! tão romântica.... Beijos e felicidades Marta

    ResponderExcluir
  2. Mami,
    bom saber que estiveste com a Maria e seu amigo! REalmente é uma linda história!
    Beijos e saudades!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Souvenirs croatas

Sempre que a gente vai pra algum lugar é comum comprarmos alguma lembrança quando voltamos pra casa. Toda vez que vou ao Brasil, tento levar produtos orginais e interessantes daqui. A listinha básica vai desde rakija (equivalente à nossa cachaça, mas feita de uva, ameixa, etc.), sachês de lavanda, bombons Bajadera feitos de avelã e chocolate, Vegeta (tempero para comida feito de legumes secos), coração de Licitar (são feitos de pão de mel, inicialmente, mas hoje servem para decorar) até coisas mais caras como gravatas, canetas tinteiro e guarda chuvas vermelhos. A gravata, pra quem não sabe, é uma invenção croata do século XVII. Quando os soldados croatas foram lutar na França, amarraram um lenço ao redor do pescoço e os franceses deram uma aperfeiçoada. Já a caneta tinteiro foi inventada por um eslovaco, nacionalizado croata, Slavoljub Eduard Penkala, (nasceu na Eslováquia, mas viveu em Zagreb ). No início do século XX, ele criou e patenteou a caneta. Depois de fazer a lista o d

Outono na Croácia

Temperatura amena, sol que esquenta a pele, folhas coloridas caindo por tudo e um cheiro de castanha e lenha no ar. Esse é o outono deste ano aqui em Zagreb. Com um " veranico de maio" só que versão croata, temos tido dias lindos de sol azul, noites friazinhas e calorzinho no sol. Cafés cheios de gente, turistas por tudo e um sorriso no rosto que se manterá até o sol desaparecer e o frio chegar. Entre feiras e festivais, turistas e estrangeiros residentes, Zagreb se transformou numa metrópole. É estranho observar e sentir que aquela cidade em que estava acostumada agora virou "grande". Onde a desigualdade se faz notar gritantemente, alguns tentam se aproveitar do desenvolvimento do turismo e passam a furtar turistas descuidados, as pessoas que trabalham no comércio se encontram esgotadas por não aguentar mais tanto trabalho e os locais se sentem incomodados pelas multidões nas ruas!  Tenho a sensação que quando o turismo chega ele vem como uma bomba e não tem u

De volta a ser uma guia brasileira na Croácia: costurando uma colcha de retalhos!

É fim de ano, pandemia, mas ainda há turismo em Zagreb!  Ao retornar a viver na Croácia é incrível perceber as diferenças entre os dois países, as pessoas mais fechadas, a temperatura gelada, as árvores com um pouquinho de gelo e as decorações natalinas. Tentar vivenciar as alegrias de inverno, as temperaturas baixas, sem neve, tem sido um desafio e tanto! Voltar a guiar aqui é uma experiência única, principalmente, tratando de ser a primeira guia brasileira na Croácia. Quando cheguei em 2008, quase não havia brasileiros e muito menos, turistas da nossa terra por aqui. Tanto mudou nestes anos... novos guias brasileiros, diferentes turistas, a cidade mais moderna e cosmopolita, a pandemia, tudo novo, de certa forma.  O fato é que é um prazer poder apresentar este país que tenho tanto carinho, que me deu tanto e que respeito muito aos nossos conterrâneos. Por ter voltado ao Brasil por 2 anos e meio, depois de 11 anos de Croácia e agora estar aqui de novo, é muito interessante ver Zagreb